
O cirurgião plástico Nelson Heller é, desde esta segunda-feira, alvo de um processo ético instaurado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers). Uma sindicância concluiu que houve "indícios de faltas éticas" na cirurgia comandada por Heller que terminou em morte, em março deste ano. Com isso, o médico pode ter o exercício profissional cassado, após a promotora de eventos Lívia Ulguim Marcello, de 29 anos, perder a vida durante procedimentos de implante de silicone nos seios e lipoaspiração.O dono da clínica Nelson Heller já foi indiciado pela Polícia Civil e deve ser denunciado à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MP) sob a cusação de homicídio culposo - quando não há a intenção de matar. O Departamento Médico Legal (DML) apontou que a causa da morte foi um choque hemorrágico decorrente de perfurações no fígado. As lesões podem ter sido provocadas por um instrumento cirúrgico. Para o promotor responsável pelo caso, Victor Hugo de Azevedo Neto, o laudo da necropsia deixa claro que as lesões no fígado de Livia não ocorreram na tentativa de salvá-la, como alegou o médico. Heller afirmou que, em mais de 30 anos de profissão e 50 mil procedimentos realizados, nunca havia passado por uma situação semelhante. Em depoimentos, ele alegou que a mulher morreu após sofrer uma parada cardíaca durante o procedimento. A clínica está instalada no bairro Santa Tereza, em Porto Alegre.
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